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Desenvolver o projeto em questão é um imenso prazer, apesar de repletos de desafios, mas intenso em conquista durante todo o processo, pois é um jeito diferente de produzir, vender e viver. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem, além de contribuir estimulando os vínculos emocionais e automaticamente a saúde mental de cada sujeito.
O projeto supracitado promove ações que favoreçam a elevação dos indicadores de qualidade de vida, autonomia pessoal e recuperação da saúde, na junção de ocupação terapêutica e geração de renda, incentivando-os cada vez mais a serem agentes protagonistas na integração/reintegração social.
Tendo em vista que um dos grandes desafios para a intervenção em saúde mental encontra-se na dificuldade de acesso dos usuários à vida produtiva, então na tentativa de minimizar essas angustias, foi pensado em mudanças de paradigmas e práticas que implementasse na reabilitação psicossocial, que a inclusão no mundo do trabalho, transpondo uma imensa barreira, objetivando alcançar melhores níveis de qualidade de vida e condições mais concretas de inclusão social.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Domingos do Araguaia, órgãos máximos da gestão da saúde pública no âmbito do sistema local, constitui-se parceira de suma importância desse projeto, também se buscou parceria com as malharias existente na cidade, que são várias, para que se pudesse receber a doação de retalhos que sobram após o momento de corte realizados pelas mesmas. Para isso enviaremos um ofício solicitando o material supracitado e falando do projeto e sua importância para a reinserção social do grupo que fará parte desse trabalho em economia solidária, mostrando que poderá ser uma experiência muito exitosa.
- Incentivar os indicadores de qualidade de vida, de autoestima, de autonomia pessoal e de evolução terapêutica sob diferentes situações que relacionam terapia e trabalho, que se dá na junção de ocupação terapêutica e geração de renda, em uma atividade autônomo, remunerada e solidária;
- Analisar sistematicamente o impacto do trabalho de Economia Solidária na inserção e evolução dos pacientes;
- Colocar em prática ações que favoreçam a qualificação da estratégia do CAPS no tratamento dos usuários, através do trabalho;
- Pensar os feitos das diferentes formas de inserção laboral sobre a evolução dos portadores de sofrimento psíquico;
- Estimular os usuários a participarem do atendimento no CAPS, o qual deve ser cada vez mais efetivo através da inserção no trabalho.
A oficina terapêutica é realizada todas as terças, quartas e quintas-feiras, com formação de subgrupos selecionados por diferentes habilidades. Utilizamos como material, telas plásticas e retalhos de tecidos adquiridos em parceiras com as malharias da cidade, para a confecção de tapetes que é o foco para o produto final, no intuito de comercializá-los. A renda arrecadada é direcionada 80% para os participantes do projeto, é um incentivo para que se dê continuidade ao trabalho em suas residências, quanto aos 20%, fica reservado para fazer-se novos investimento na oficina terapêutica, este percentual é o suficiente, já que os custos para o projeto são baixíssimos, portanto, autossustentável. A realização do projeto teve início em janeiro de 2017 e a primeira culminância oficial com a Feira Solidária ocorreu no dia 19 de maio de 2017, os objetivos foram alcançados com êxito, vendemos todos os artigos produzidos no dia do evento.
Os resultados do projeto superaram as expectativas previstas em seu início, alcançou não só os usuários, mas os familiares e até outras pessoas da comunidade. A confecção do produto ultrapassou os muros da instituição, começaram a produzir tapetes e inclusive bolsas que a princípio não estava previsto no projeto, gerando o empoderamento pessoal e certa autonomia financeira. Para coleta e análise dos dados, tomamos por base o RAAS (Registro das Ações Ambulatoriais e Saúde), utilizando o método quantitativo para medir a frequência dos usuários na participação do grupo terapêutico, ao realizarmos esse comparativo, constatamos que nos quatro primeiros meses que antecederam o projeto, tivemos 216 atendimentos e durante os quatro seguintes meses, período que ocorreu o desenvolvimento do projeto em questão, obtivemos 309 atendimentos, mostrando nos resultado uma evolução de 43,05 % nos atendimento, com o aumento da frequência dos usuários nesse projeto de humanização e cooperação.