Desde 1994, Oloye Marcelo Monteiro Odearaofa, passou a ministrar cursos e sistematizar materiais como apostilas, baseado em demandas das pessoas da religião de matriz africana. Até então estes materiais davam conta apenas dos cânticos, toques e danças do candomblé de ketu(grupo étnico trazido no terceiro ciclo do tráfico transatlântico). Em 1997 realiza o 1º curso avançado, também demandado por adeptos das religiões de matriz africana. Neste curso eram abordados as diferentes práticas de realização de bori(formas diferenciadas de culto a cabeça biomítica), ebó (oferendas aos ancestrais), Obi como oráculo, merindinlogum (jogo de búzios que orientam os ebó), que não são receitas de bolo. O curso relacionada a folhas usadas nos ritos de banho e outros demandou em 2000 um maior aprofundamento e relaciona os conhecimentos de Ifa (divindade da adivinhação), os cânticos de encantamento de cada folha a partir da compartimentação água, fogo, terra e ar. Neste ano é fundado o CETRAB – Centro de Tradições Afrobrasileiras – que passa a ser a instituição realizadora do acolhimento orgânico que já ocorria no Asé Idasile Ode, dando contorno as atividades antes de natureza despretensiosa. Outros temas como o culto a Iyamiosoronga, Ajesaluga, Língua e cultura Yoruba, foram construídos a partir do olhar das unidades territoriais tradicionais (os chamados terreiros ou roças). Na mesma época foram separados os assuntos por ementas e produzidos materiais compartimentados e complementares. Este material já serviu de fonte para diversas trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses. Todas as práticas utilizadas no Ase Idasile Ode foram transformadas em ensinamentos organizado de forma pedagogica. Além da preocupação com a sistematização, as próprias práticas são mantidas desde sua fundação em vinte e cinco de outubro de mil novecentos e noventa e oito.