- Campo do Saber
- Campo de Prática
- Público Alvo
Ao nos tornamos referência para o caso, foi desafiador encarar um paciente que não saia de casa há mais ou menos 20 anos e não aceitava as abordagens realizadas. Foi observado nas primeiras visitas que o usuário tinha interesse restrito por Dinossauros. E este foi o link para iniciar vínculo e confiança. Então, com persistência, criação de vínculo, carinho e meta, foram realizadas visitas semanais e acordos predeterminados que eram difíceis de serem cumpridos, até que, com objetivos e metas possíveis para o usuário, aos poucos conseguimos levá-lo a sair de casa, aumentando os espaços gradativamente. Logo trouxemos para o serviço, e com o tempo, passou a vir sozinho e ter seu compromisso. Atingir nosso objetivo, e ir além, foi e ainda é, incentivador e reconfortante para continuar nossa prática diária.
O município onde foi realizada a prática é pequeno, com algumas oportunidades culturais, beleza natural e politicamente tínhamos muito apoio da coordenação do Caps e da gestão da saúde e do município.
O que nos levou à prática foi perceber que existia um ser jovem que desde muito pequeno (por volta 12 anos) simplesmente havia abandonada a VIDA, escola, festas, convívio social. E até aquele momento como ainda era muito recente a proposta do serviço substitutivo (CAPS), o único cuidado era prescrição de receita.
O Caps Minha Vida foi inaugurado em 2016 com propósito de um cuidado integral e em liberdade. Tivemos, após as vindas ao Caps deste usuário, parceria com a Atenção Primária para cuidado clínico, com Fisioterapia, pois apresentava alterações no deambular, e com a odontologia para cuidado em saúde oral.
- Reinserção social e continuidade desta;
- Cuidado integral;
- Ampliação de interesses;
- Reabilitação psicossocial.
Se realizou com muitas visitas domiciliares, através de trabalho psicossocial e mostrando ao usuário como ele poderia se desenvolver estando em convívio social.
Atualmente, o paciente comparece sozinho ao serviço, interage e socializa-se com outros pacientes, participa de oficinas do seu PTS, passeios oferecidos para os usuários, sendo independente e autônomo. Sua frequência no CAPS repercute com alegria e surpresa dos profissionais que acompanharam o seu enclausuramento em casa, e a sociedade do município quando o vê em nossos eventos se espantam de ele estar tão bem e se socializando.
Acreditar no potencial, cuidar, e ver a alegria e interesse deste usuário nos motiva cada dia mais.